CONTEUDO SPED

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Brasil em primeiro lugar em ranking do tempo com a burocracia dos impostos.

Em 2011, pelo segundo ano seguido, o Brasil ficou em primeiro lugar em um ranking internacional que não orgulha país nenhum: não há outro lugar no planeta em que as empresas mais gastam tempo com a burocracia dos impostos.

O mapa do Brasil está na cabeça dos líderes dessa empresa que expande os negócios pelo país afora. Uma fábrica no interior de São Paulo produz matéria-prima para a indústria de borracha. No escritório, são dois funcionários cuidando de burocracia e dos tributos. Mas até os vendedores precisam estar por dentro das regras.

“Se não tomar cuidado, ele pode até fazer com que a empresa tome prejuízo ou se veja forçada a fazer uma venda onde ela não vai ver resultado nenhum”, afirma Lazaro Rosa da Silva, diretor administrativo-financeiro.

A complexa legislação tributária brasileira toma muito tempo dos funcionários. Uma estante é a amostra da energia e do esforço que poderiam estar voltados para a produção, mas que acabam consumidos pela burocracia. Uma pesquisa mostra que o Brasil é o país onde as empresas gastam mais horas para cumprir as obrigações tributarias.

O levantamento feito por uma consultoria em parceria com o Banco Mundial avalia três pontos: o custo de todos os impostos e contribuições, o número de vezes que são recolhidos no ano e o tempo para dar conta de tudo.
No Brasil, uma empresa de tamanho médio leva 2,6 mil horas por ano fazendo esse serviço. É mais que o dobro da Bolívia e três vezes mais que a Venezuela. Nos Estados Unidos, uma empresa similar precisa de apenas 187 horas.

E tempo é dinheiro. As empresas brasileiras gastam R$ 43 bilhões por ano só para manter funcionários e equipamentos para atender a burocracia dos impostos.

“Resolveria bastante a vida dos contribuintes, dos empresários, seria a redução do numero de tributos, a melhora do sistema de arrecadação dos tributos. Elas não irão afetar o quanto ele paga de imposto, mas simplificarão a vida desse contribuinte”, explica Carlos Alberto Iacia, sócio da consultoria PWC.